quarta-feira, 21 de julho de 2010

Para Sérgio Frota, laudos eram válidos por um ano

O Sampaio não enviou os laudos do estádio Renê Bayma, em Codó, a tempo para a CBF e agora terá de enfrentar o JV Lideral no Albertão, em Teresina. Além do atraso dos laudos, a documentação, que deveria conter 130 páginas, foi enviada com apenas quatro páginas.

O presidente do Sampaio, Sérgio Frota, em entrevista declarou, que para os laudos do ano passado, quando o tricolor utilizou o estádio na Série C, ainda tinham validade.

“Os laudos têm validade de um ano, pelo menos este é o conhecimento que eu tenho.” Declarou o presidente tricolor, explicando a causa do atraso no envio dos laudos.
Entretanto Ronald Almeida, ouvidor da CBF, lembra que no mês de abril, dois novos laudos passaram a serem exigidos. Anteriormente apenas os laudos do Corpo de

Bombeiros, da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária eram exigidos, mas agora os laudos de engenharia também passaram a serem obrigatórios.

“Em abril os laudos de engenharia passaram a serem obrigatórios e a CBF orientou à todas as federações para exigirem os laudos dos estádios aos clubes”, explicou Ronald Almeida.

Castelão fechado prejudicou

Além da falta de laudos do Renê Bayma, Sérgio Frota também falou a respeito do Castelão, único estádio maranhense com capacidade para mais de 50 mil torcedores. O presidente tricolor falou que a história poderia ser diferente se o estádio estivesse funcionando.

“O Castelão já está a muito tempo fechado e não acredito que ainda não está pronto. Se o estádio já estivesse aberto com certeza não teríamos este problema”, declarou o presidente.

Sérgio Frota também explicou, que a AMA Clube já pediu ao governo anterior e atual uma posição sobre o Castelão.

“Os clubes já pediram uma posição sobre o Castelão, mas até agora não tivemos nenhuma resposta” finalizou Sérgio Frota.

Sem Estádios Futebol Clube

O Maranhão de fato está na camada mais baixa do futebol nacional, se duvidar está até mesmo abaixo do pré sal. Após muitos escândalos por estas bandas, clubes que não conseguem passar da segunda fase da Copa do Brasil desde 2000, há muito tempo longe da Série B, e quanto mais da Série A, desta vez mais um episódio em que nós só podemos lamentar.

Sampaio e JV Lideral terão de jogar no Albertão em Teresina, na partida preliminar de Flamengo-PI e Guarany-CE, ambos válidos pela segunda rodada da Série D. O duelo maranhense será realizado em terras estranhas por conta da punição que o Sampaio, tem de cumprir com dois jogos longe do Nhozinho Santos.

Como o tricolor ainda tem de cumprir a perda do mando de campo, o time tentou levar os jogos para o Correão, em Bacabal, o Renê Bayma, em Codó, e o Frei Epifânio, em Imperatriz. Entretanto a diretoria tricolor deixou para enviar os laudos do estádio em cima da hora, e os laudos não chegaram à CBF. Com isso a partida foi marcada para Teresina, já que esta não recebeu os laudos.

Além deste jogo o JV Lideral também pode mandar seus jogos em outro estado. Isso porque os laudos do Frei Epifânio não foram enviados à tempo para a CBF. De acordo com os dirigentes do Tratorzão, o envio atrasado dos laudos, se deu por conta da falta de cooperação da prefeitura de Imperatriz, que não liberou os laudos do estádio.

Infelizmente esta é a realidade do futebol maranhense. Os dois representantes do estado na Série D jogarão na próxima rodada no Piauí, e não no Maranhão. E como já foi dito, o JV Lideral pode mandar seus jogos na cidade de Marabá, no Pará.

O diretor técnico da FMF, José Alberto, já declarou que a federação não tem nenhuma responsabilidade sobre o envio dos laudos para a CBF. O próprio ainda esclareceu que toda a responsabilidade pelos laudos é integralmente dos clubes.

Quanto aos laudos do Renê Bayma, em Codó, onde seria realizada a partida entre Sampaio e JV Lideral, o documento deveria conter 130 páginas e foi enviado com apenas quatro páginas.

Sinceramente, muitas vezes a culpa é da federação, mas neste caso, como o próprio José Alberto declarou, a responsabilidade pelos laudos é integralmente do clube. Apesar disso, a FMF, sabendo das dificuldades do futebol maranhense, poderia ter auxiliado o Sampaio.